terça-feira, 13 de agosto de 2013

DAS TREVAS PARA A LUZ





Como chegamos ao mundo que temos hoje? Tudo começou a piorar a partir do séc. XVII, quando
a Idade Média entrou em decadência, o domínio da igreja católica diminuiu e a burguesia nascente disse basta. Foi nessa época que surgiu o movimento iluminista, eles assim se chamavam porque entendiam que tinham a responsabilidade de trazer luz para as trevas, em que o homem viva por causa da religião. De fato a igreja católica tinha tomado um caminho errado e abusivo, distorcendo a verdade de Cristo e transformando a fé em mercado. 

Os pecados para serem perdoados tinham que ser pagos e a hipocrisia não tinha fim no clero. Diante deste quadro a ciência se ascendeu apresentando um caminho para a modernidade. Eles propunham que o pensamento lógico e o método científico fossem o caminho para uma revolução da humanidade e traria respostas para as grandes questões da vida. Criaram com isso a famosa dicotomia fé e razão, colocando cada uma de um lado do ringue e as tornando antagônicas e imiscíveis, inimigas uma da outra. 

A fé é para os supersticiosos e ignorantes, a razão é para os modernos e sábios. Com o tempo essa ideia foi se consolidando na mente da humanidade e a religião passou a ser um tema cultural e de segundo escalão, a Bíblia virou um livro de moral e bons costumes formado por mitos e parábolas. A própria igreja passou a adotar um comportamento segmentado a respeito, criou-se a divisão do mundo secular e do mundo sagrado. No entanto, a ciência não trouxe a resposta para as grandes questões da vida e com isso a humanidade se decepcionou com ela, o avanço tecnológico que criou técnicas para melhorar a produção agrícola não resolveu o problema da fome, mas só reforçou as grandes desigualdades sociais, as novas tecnologias de energias não geraram fontes baratas e acessíveis da mesma, mas novas e poderosas armas de destruição em massa. 

O mundo percebeu que a ciência só trouxe mais injustiça e tristeza e então também a colocou em segundo plano. Hoje então, essas pessoas creem que não existe uma verdade absoluta, nasceu então o relativismo, cada um é autor da sua história e de sua verdade. Cada um segue o caminho que desejar, nenhum deles é melhor que o outro, como não há uma verdade fechada é impossível ter um referencial, surge então o embate de ideias e o jogo de poder por meio da palavra, quem é mais convincente prevalece com sua verdade, isso até que alguém apresente algo melhor, pois a verdade é dinâmica e mutante.

Essa forma de ver o mundo penetrou na própria igreja trazendo práticas detestáveis a nós, muitos são uma coisa no domingo e outra nos outros dias da semana. “Igreja é uma coisa, trabalho outra”. No entanto, não é assim que a palavra pensa, a Bíblia diz que todas as coisas estão em Cristo e, portanto, o seu desejo é que todo o reino seja resgatado. 


Na verdade, a Bíblia é a verdade absoluta e por isso ela tem respostas para todas as grandes questões da vida, ela não fala só de vida cristã, mas de política, sexo, arte, comportamento, moda, ciência, tecnologia e todo e qualquer assunto que passar por sua cabeça. Neste livro, queremos apresentar a Bíblia como essa fonte inesgotável e inerrável de respostas para TODAS as questões da vida. Cumprindo desta forma a tarefa que Deus nos deu de trazer luz às trevas, em que as pessoas estão. Infelizmente para nós e para os iluministas ainda estamos na idade das trevas...

(Continue acompanhando textos sobre este tema, de autoria dos pastores Richard Guerra e Vinicius Zulato)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Devocional - Mateus 01

Jesus teve uma história e sua história não é autônoma, escrita sozinha. A história de Jesus é escrita em família, em linhagem e linhagem de gente! De gente que fez coisas boas e de pessoas que fizeram coisas ruins, mas Jesus não teve sua história estigmatizada pela vida das outras pessoas, não é destino, não é maldição, é história. E se tratando de história cada um tem a sua, escrevendo a sua em comunidade, influenciando e sendo influenciado, mas nada como determinado, por herança maldita, ou algo assim. Não! É Jesus no meio dos homens escrevendo a sua história, trazendo dos homens tão somente o melhor que eles tem, a imagem de Deus.

Curioso? Na genealogia de Mateus, a semente é dada ao homem, dos lombos de Isaque veio Jacó, mas no Cristo o ciclo se quebra. "José marido de Maria da qual nasceu Jesus que é chamado o Cristo" (Mateus 1: 16; Gênesis 3:15). Da história dos homens participa Cristo, Senhor dela e dela autor, como homem, mas não dos homens, do Senhor. Aos homens diante do Cristo cabe a recepção, a adoção, amizade, filiação mas nunca sua geração... Gerado de Deus, é Deus de Deus.

Assim, diante dos fatos da vida de Cristo nossos atos desaparecem, parece que Mateus nos faz perceber que tudo que importa é tão somente o Cristo, ser usado para descender o Cristo. Os feitos de Abraão e Davi nada são agora diante de quem Jesus é. Tudo que importa é Cristo. Cristo é o todo especial. No de tantos que descende, Cristo é o diferente, o especial.

Se o texto de Gêneses nos faz perceber que a salvação e o resgate vem por meio Daquele que nasce de uma maneira diferente, fora do normal, apesar de nascer e ser homem. A diferença de Cristo não esta em ser melhor que os homens, ser diferente dos homens, mas em ser homem como os homens. Ele descende dos homens para que possa salvar os homens, não é uma nova espécie de homem, mas o tipo de homem que todos os homens devem ser, e apesar de não participar do pecado dos homens, nasce diferente, não para viver como todos os outros, mas para viver como o homem junto aos homens. Então Cristo é o centro da história pois nasce diferente, não para ser melhor, mas para ser homem, como os homens, no meio dos homens afim de salvar os homens porque é diferente dos homens, é competente para isso!

Assim Cristo quebra o conceito de ser especial do século 21, no tocante a ser especial como ser melhor, quando na verdade o especial esta em ser homem, simplesmente homem, no meio dos homens, para que outros homens aprendam a ser quem desaprenderam a ser. Não é estar acima, é estar no meio de tal maneira a ser guia, a ser luz, a ser porta, a ser caminho. Assim era o Senhor, assim o apóstolo nos disse: luzeiros! O ser especial esta no fato de ser chamado pelo Cristo para junto a ele e agora estar no meio, no meio dos homens, com os homens, tão próximo a eles que vejam as boas obras, tão junto deles que eles entendam o que você vê e faz!

Dá pra ser assim? Ou você ainda vai ficar insistindo em ter aquilo que você nunca terá? Nessa ânsia de ser especial, de significar a história pessoal pela ambição de ser melhor que os outros tudo que a gente consegue ser é o diabo, e vai por mim não tem nada de especial em ser diabo. "Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas".