sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Deus esta nos livrando. Parte 1


Pessoal, demorou mais chegou! Por um momento até eu pensei o que texto dessa semana não ia sair! Mas graças a Deus estou aqui e espero que o texto agora saia como ele tem que sair. Risos.
Final de semana passado dias 21 e 22 de Agosto, ministramos em Barra de São Francisco-E.S (você pode acompanhar nossa agenda pelo blog). Saímos daqui no sábado por volta de 1 hora da manhã.
Depois de ouvir muitos conselhos sobre a questão de viajarmos de madrugada, não tivemos muitas opções, os meninos trabalham, todos temos compromissos, não tivemos escolha.
Por volta de umas 3 horas da manhã na ida quase atropelamos uma onça! É isso mesmo que você leu, uma onça cruzou a frente da vã e por pouco agente não transformou ela em patê!
Tirando isso viagem muito tranquilo, todos muito felizes! O que Deus fez em Barra de São Francisco em breve você poderá acompanhar pelo nosso orkut. Foi tremendo!
Então domingo 11 horas era hora de voltar. Por volta de uma hora da manhã paramos em um posto policial, o motivo foi fazer a verificação do cinto de segurança. Você não se assuste, mas estávamos todos sem cinto, exceto o Fininho. Colocamos o sinto rapidamente antes da fiscalização e para não passarmos mais pelo tipo de situação desesperadora, resolvemos ficar de cinto o resto do trecho, afinal iríamos dormir e se tivéssemos que colocar sinto na mesma velocidade em uma próxima parada por causa de fiscalização dormindo, não ia dar muito certo. Risos.
Só não tínhamos ideia que Deus já estava nos livrando.
Por volta das 3 horas da manhã, próximo de João Molevade, 2 cavalos invadiram a pista na frente da nossa vã. E por mais cauteloso que seja nosso motorista o impacto foi inevitável. Colidimos com os dois cavalos. Quem já viajou um pouco ou entende de viagem, sabe que colisão com animal na pista é muito perigoso. Em muitos casos pessoas se machucam muito, em outros pessoas morrem. Com a colisão nosso carro invadiu a pista contraria, graças a Deus não havia tráfego, o motorista conseguiu segurar a Van, evitando um capotamento.
Depois de trazer a Van de volta a pista e parar no acostamento, do susto que levamos com o impacto da batida, do grito de desespero do André o tecladista da banda que estava na frente junto com o motorista, lado que os dois cavalos bateram, um carro de polícia encostou e nos prestou ajuda.
Acordei muito assustado, o impacto me fez bater no banco do motorista, nas suas costas, levei um susto enorme. Sem entender muito o que estava acontecendo, apenas ouvia o André dizer: "Batemos em um cavalo". Quando olhei para o parabrisa ele estava estilhaçado. Então entendi o que estava acontecendo.
Na hora me passou tantas coisas na cabeça que nem sei por onde começar. Olhei para os meninos da banda, graças a Deus todos estavam bem, ninguém se feriu! O Gui apenas arranhou um pouco sua testa, Marquinho que estava nos ajudando com o baixo na ausência do Sérgio bateu a canela, e eu bati no banco do motorista. Todos sem ferimentos graves, coisa muito, muito leve!
Seu Valdo o motorista da Van disse assim: "Pode levantar as mãos pra cima e agradecer muito a Deus pelo livramento". O policial disse: "Vocês podem agradecer muito o homem lá de cima". E de fato todos eles tem muita razão. Não tenho duvidas que poderíamos todos ter morrido nessa viagem. Conversando com os meninos da banda e com pessoas muito queridas, além dos famosos pressentimentos ruins que muitos de nós tivemos, ainda muitos estavam em oração por nós neste momento!
Me lembrei desse texto ai abaixo, Paulo viajando, seu barco afundando, uma situação possível de morte acontecendo e o anjo do Senhor livrando a todos. É muito bom saber que o Senhor está!
Não quero bancar o herói aqui, quem lê o blog sabe que preso por transparência, honestidade. Aqui do outro lado da tela querido leitor não esta o super man, ou o super pastor, ou o super crente, ou qualquer que seja. Aqui tem uma pessoa que simplesmente quer viver a vontade de Deus, e em uma situação como essa se lembrou da palavra.
Também lembrei de Jonas, lembrei da tempestade que ele causou na vida de outras pessoas por estar fugindo do centro da vontade de Deus! Senti medo! Não por ser um Jonas, não que eu também não sou (oro para não ser), mas não quero ser responsável por colocar a vida de pessoas em risco sem estar totalmente certo da vontade do Pai. Apesar que viajar com Paulo era sempre aventura!
As lições que aprendi são simples: Qual o legado que você tem deixado?
Pastor Márcio sempre diz algo: Viva intensamente! Nós nunca imaginamos que isso vai nos acontecer. Vivemos sempre com a perspectiva da vida, e não que isso seja errado, mas vivemos sempre como se tivéssemos o amanhã, quando nosso dia é o hoje. Nosso prazo de valida é de 24 horas!
Penso que se muito jovens hoje tivessem essa perspectiva gastariam melhor seus dias, sua vida, seu dinheiro, seu tempo com aquilo que realmente vale a pena!
Acabei de falar com um querido irmão aqui de nossa igreja, ele se chama Eduardo, tem a minha idade, talvez um pouco mais. Semana passada estávamos juntos no velório de sua esposa. Eles tem dois filhos. Ela saiu de casa as 7:00 da manhã e quando foi atravessar a rodovia, um carro veio fazendo uma ultrapassarem pelo acostamento e a atropelou. Ela morreu!
Nós nunca esperamos pela morte! E de acordo com a nossa cultura festiva, famoso carpe diem falar sobre morte é loucura!
Mas e se eu tivesse morrido? Se um dos meninos tivessem partido? Se você morrer hoje? Como esta sua relação com as pessoas? Como esta sua relação com seus pais? Seus irmãos?
Temos apenas esse dia! Daqui a pouco, assim que acabar esse texto estarei saindo, vou a um aniversário depois de uma reunião aqui em Lagoinha. Que contraste, uma festa e um funeral!
Quero que você pense, pois é assim que tenho estado, pensativo, reflexissivo a respeito da minha vida.
Graças a Deus todos estamos bem.
Louvado seja o Deus que nos livra da morte, sem nos deixar perder a perspectiva de uma vida de morte!

Atos 27

E, como se determinou que havíamos de navegar para a Itália, entregaram Paulo, e alguns outros presos, a um centurião por nome Júlio, da coorte augusta.

E, embarcando nós em um navio adramitino, partimos navegando pelos lugares da costa da Ásia, estando conosco Aristarco, macedónio, de tessalônica.

E chegamos no dia seguinte a Sidom, e Júlio, tratando Paulo humanamente, lhe permitiu ir ver os amigos, para que cuidassem dele.

E, partindo dali, fomos navegando abaixo de Chipre, porque os ventos eram contrários.

E, tendo atravessado o mar, ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia.

E, achando ali o centurião um navio de Alexandria, que navegava para a Itália, nos fez embarcar nele.

E, como por muitos dias navegássemos vagarosamente, havendo chegado apenas defronte de Cnido, não nos permitindo o vento ir mais adiante, navegamos abaixo de Creta, junto de Salmone.

E, costeando-a dificilmente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia.

E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois, também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava,

Dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas.

Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre, do que no que dizia Paulo.

E, como aquele porto não era cômodo para invernar, os mais deles foram de parecer que se partisse dali para ver se podiam chegar a Fenice, que é um porto de Creta que olha para o lado do vento da África e do Coro, e invernar ali.

E, soprando o sul brandamente, lhes pareceu terem já o que desejavam e, fazendo-se de vela, foram de muito perto costeando Creta.

Mas não muito depois deu nela um pé de vento, chamado Euro-aquilão.

E, sendo o navio arrebatado, e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa.

E, correndo abaixo de uma pequena ilha chamada Clauda, apenas pudemos ganhar o batel.

E, levado este para cima, usaram de todos os meios, cingindo o navio; e, temendo darem à costa na Sirte, amainadas as velas, assim foram à toa.

E, andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte aliviaram o navio.

E ao terceiro dia nós mesmos, com as nossas próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio.

E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.

E, havendo já muito que não se comia, então Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó senhores, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perda.

Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio.

Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo,

Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.

Portanto, ó senhores, tende bom ânimo; porque creio em Deus, que há de acontecer assim como a mim me foi dito.

E, contudo, necessário irmos dar numa ilha.

E, quando chegou a décima quarta noite, sendo impelidos de um e outro lado no mar Adriático, lá pela meia-noite suspeitaram os marinheiros que estavam próximos de alguma terra.

E, lançando o prumo, acharam vinte braças; e, passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças.

E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia.

Procurando, porém, os marinheiros fugir do navio, e tendo já deitado o batel ao mar, como que querendo lançar as âncoras pela proa,

Disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos.

Então os soldados cortaram os cabos do batel, e o deixaram cair.

E, entretanto que o dia vinha, Paulo exortava a todos a que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais, e permaneceis sem comer, não havendo provado nada.

Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.

E, havendo dito isto, tomando o pão, deu graças a Deus na presença de todos; e, partindo-o, começou a comer.

E, tendo já todos bom ânimo, puseram-se também a comer.

E éramos ao todo, no navio, duzentas e setenta e seis almas.

E, refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar.

E, sendo já dia, não conheceram a terra; enxergaram, porém, uma enseada que tinha praia, e consultaram-se sobre se deveriam encalhar nela o navio.

E, levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras do leme; e, alçando a vela maior ao vento, dirigiram-se para a praia.

Dando, porém, num lugar de dois mares, encalharam ali o navio; e, fixa a proa, ficou imóvel, mas a popa abria-se com a força das ondas.

Então a idéia dos soldados foi que matassem os presos para que nenhum fugisse, escapando a nado.

Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, lhes estorvou este intento; e mandou que os que pudessem nadar se lançassem primeiro ao mar, e se salvassem em terra;

E os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. E assim aconteceu que todos chegaram à terra a salvo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O Deus que sofre.


No mês de maio desse ano tive a oportunidade de participar pela primeira vez de um encontro de pastores chamado SEPAL. Foi um momento ímpar na minha vida. Recomendo você meu amigo leitor do blog a saber informações e até mesmo a participar desse evento. Enquanto estava lá, ouvia o Espírito soprando uma pergunta ao meu coração: Deus sofre? No principio achei aquela pergunta estranha, meio esquisita, mas ela permaneceu ali por aqueles dias.

Voltei a BH e depois de alguns dias me questionando sobre a pergunta a esqueci. Passaram alguns dias, fiz essa pergunta para algumas pessoas e após uma reunião de pastores, depois de assistirmos uma ministração maravilhosa de Ebenézer Bittencourt resolvi escrever sobre o que penso sobre isso.

Parece uma pergunta meio sem sentido, principalmente quando ela se encontra com uma teologia que vê o sofrimento como algo proveniente do pecado.

Mais a bíblia é categórica a nos dizer que Deus sofre! Jesus sofreu, ele era Deus portanto Deus sofre! Então se todo sofrimento é proveniente do pecado, Deus tem pecado? É claro que não! Sabemos e cremos que Deus é santo. Que a santidade de Deus é sua vida, sua essência, seu meio de preservar a vida, santidade! Em Deus não há pecado!

Mas se Deus sofre e n´Ele não há pecado, então todo sofrimento não é proveniente do pecado, antes do pecado já havia um sofrer, que era o sofrer de Deus. Que tipo de sofrimento então sofre o nosso Deus? E porque Deus sofre?

O sofrimento de Deus é inexprimível e inexplicável! Deus é justo, santo e por sua justiça não pode compactuar com o pecado, mas também é amor, e no amor nos ama, quer a nossa proximidade. Tente imaginar o conflito infinito dentro de Deus. Sendo assim o sofrimento de Deus é por amar!

Deus sofre porque ama! Amor é uma entrega total, amar é muito mais que dar carinho, é dar a vida.

Porque ama, Deus provou dor.

Porque ama, Deus provou sofrimento.

A razão de Deus sofrer é amar demais!

Assim nem todo sofrimento é proveniente do pecado. Há um sofrimento que vem do amor, há um sofrimento que vem por amar.

A razão da mensagem é simples: Quando excluímos o sofrimento do evangelho, estamos nos recusando a sentirmos todos os sentimentos de Deus. Quando vejo um evangelho que só nos propõe o lazer e o bem estar, fico me perguntando se esse evangelho se parece com Deus?

Para terminarmos essa reflexão gostaria de lembrar que a primeira evidência de Paulo a respeito do amor aos Coríntios é que o amor sofre!

I Corintios 13
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,
5 não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
10 mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Sobre tudo o que eu sou


Eu sou belo eterno.

Eu sou o muito bom de Deus.

Eu sou filho.

Eu sou o favor, o que leva o azeite.

Eu sou o pescoço enfeitado.

Eu sou mais silêncio.

Eu sou mais doce.

Eu sou mais bíblia.

Eu sou mais meu caminho.

Eu sou poesia.

Eu sou crônica, prosa, verso.

Eu sou santo. Eu sou pecador.

Eu sou olhos grandes, bocas grandes e dentes.

Eu sou pequeno.

Eu sou todas as músicas.

Eu sou alegria.

Eu sou o paradigma.

Eu sou mãe.

Eu sou pai, eu sou pastor.

Eu sou adorador. Eu sou cantor.

Eu sou voz agradável.

Eu sou professor.

Eu sou aquele que vai além do deserto, servo.

Eu sou aluno.

Eu sou amigo do Coelho.

Eu sou espera.

Eu sou esperança.

Eu sou grato.

Eu sou dependente.

Eu sou barro.

Eu sou pó.

Eu sou cura.

Eu sou consolo.

Eu sou legal.

Eu sou muito limitado.

Eu sou ignorante.

Eu sou irmão.

Eu sou companheiro.

Eu sou honesto.

Eu sou transparente.

Eu sou verdadeiro.

Eu sou bonito.

Eu sou passageiro.

Eu sou motorista.

Eu sou o nariz gelado.

Eu sou o dono do Dubrechó.

Eu sou saudade.

Eu sou partida, eu sou chegada.

Eu sou surpresa.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sobre tudo que eu queria ser


Eu queria ser alguém pra valer a pena.

Eu queria ser mais, ser paz.

Eu queria ser mais legal, menos mal, menos o tal.

Eu queria ser mais simples.

Eu queria ser mais eu sozinho com todo mundo.

Eu queria ser menos muro, mais seguro.

Eu queria ser mais assertivo, menos fulgaz.

Eu queria ser mais leve, mais passarinho.

Eu queria ser mais servo, mais amigo.

Eu queria ser meu, mais o favor.

Eu queria ser solteiro, eu queria ser casado.

Eu queria ser livre, menos preso.

Eu queria ser mais convicto, menos convencido.

Eu queria ser mais maduro, menos inconstante.

Eu queria ser mais bonito, menos feio, mais feio.

Eu queria ser mais bom dia, menos noite.

Eu queria ser menos produto, menos numero, mais gente.

Eu queria ser você, queria que você fosse eu.

Eu queria ser pai, queria ser família, queria ser nós.

Eu queria ser conhecido, queria ser mais escondido, mais quieto.

Eu queria ser a minha mãe.

Eu queria ter a coragem do meu pai.

Eu queria ter tido meu pai mais tempo.

Eu queria ser mais irmão.

Eu queria ser mais gratidão, menos ingrato, menos independente.

Eu queria ser mais amado, mais submisso, mais obediente.

Eu queria amar mais, me entregar mais.

Eu queria viver mais, não morrer sedo.

Eu queria envelhecer e ser um velhinho.

Eu queria ver meu enterro, queria todo mundo sorrindo.

Eu queria alegria no momento da partida.

Eu queria saudade sempre na presença.

Eu queria ser mais caminho, mais mãos dadas, mais estrada.

Eu queria ser mais tempo de voou.

Eu queria ser mais chocolate, mais doce, mais amável.

Eu queria ser mais cheiro, mais amor amor.

Eu queria ser Gabriel, queria ser Davi, queria ser Miguel

Eu queria ser tanta coisa.

Eu queria ser mais natural, mais sensacional, menos transcendental.

Eu queria ser menos usual, mais diferente, mais contente.

Eu queria ser mais verdade, menos e bem menos mentira.

Eu queria ser menos antítese, menos paradoxal.

Eu queria ser menos analogia, menos alegoria, muito mais fé.

Eu queria andar sobre as águas, eu queria voar com o vento.

Eu queria ser muito mais.

Eu queria ser vanguarda, eu queria ser pós.

Eu queria ser obra aberta, menos enquadrado.

Eu quero ser como Jesus, eu quero ver Jesus.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O Artista


(foto de Pierre Verger).

Ei leitor amigo, você já esteve em algum vernissage, em que teve a oportunidade de ver a apresentação de um artista e suas obras? (Pode ser ouvindo um cd, lendo um livro, vendo fotografias). Já se colocou no lugar deste artista contemplando cada uma? Já se imaginou tendo a sua perspectiva? Gostaria?
Ultimamente me chama atenção a obra de Pierre Verger. Os iguais em lugares diferentes.
E Deus, como Deus escreveria sobre o céu? No dia em que Deus resolveu brincar com as palavras, o papel em branco era mundo em caos, uma folha vazia, um mundo sem forma e Deus escreveu; Escreveu com palavras o que a caneta não pode transcrever.
Você sabia? Deus sabe falar! E mais, as palavras de Deus “chamam a existência”, seus trocadilhos constroem!
Falamos, pintamos, escrevemos, cantamos, fotografamos o mar; Deus fez o mar, assim como o céu, as estrelas e “tudo quanto neles há”. Falamos do céu, Deus falou e fez o céu.
Estudando Pierre Verge, percebi sua perspectiva sobre os iguais. Sua inspiração é o povo africano, que inserido em diversas culturas tem sempre a mesma intercessão. Como assim? O povo africano, em diferentes culturas se expressa de uma maneira comum; com danças, comidas, seu jeito de se relacionar com transcendente.
Todo artista tem sua fonte de inspiração, que pode ser um objeto, uma musa, um tempo, um povo, uma melodia. Como um artista expressaria sua inspiração sem sua fonte? Seguindo o raciocínio de Paulo, ele nos diz que “Nele vivemos, nos movemos e existimos”. Tudo esta em Deus. Fora de Deus nada existe, nada é! Ele é a fonte de tudo, sem ele nada do que foi feito existiria.
O artista precisa de uma inspiração para expressar o que esta nele. Mas e Deus? O que Deus tinha? A folha de Deus estava em branco, não existia fonte de inspiração, e na verdade tudo que existe esta em Deus. Então no que Deus se inspirou?
A beleza do Artista é saber que Ele não precisa de nada alem d’Ele mesmo! Toda inspiração de Deus para criar fluí de quem Ele é.
Sendo assim como posso aprender na perspectiva de Deus sobre o mundo que ele criou? Intercessão! Qual? A Deus. Olhando de Sua fonte.
Na Sua fonte existe koinonia, comunhão. Nada esta dividido. Essa é a perspectiva de Deus, isso é o que Ele quer que você entenda! Qual o sentindo das palavras secular, outro, fora, natural, espiritual, eu, você, meu, seu, dele para Deus? A obra do Artista comunica o que Ele é. Entendendo essa perspectiva eu consigo interagir e agir com a obra, com as coisas, as pessoas, o mundo, o cosmos, o universo.
A essência é aprender observando a vernissage de Deus, e sair dela trazendo a realidade do Artista para o meu cotidiano, para o que me é comum, para a comunidade que estou inserido. Que essa realidade leia-se! Perspectiva que transforme toda a minha vida, a vida dos meus, minha casa, meu lugar, meu trabalho, minha cidade, meu tudo e me ensine essa não divisão, essa comunhão.
“E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai”. Colossenses 3:17.

Nota do editor: Atos 17:28; Romanos 4:18; Atos 17:24.