Pessoal, demorou mais chegou! Por um momento até eu pensei o que texto dessa semana não ia sair! Mas graças a Deus estou aqui e espero que o texto agora saia como ele tem que sair. Risos.
Final de semana passado dias 21 e 22 de Agosto, ministramos em Barra de São Francisco-E.S (você pode acompanhar nossa agenda pelo blog). Saímos daqui no sábado por volta de 1 hora da manhã.
Depois de ouvir muitos conselhos sobre a questão de viajarmos de madrugada, não tivemos muitas opções, os meninos trabalham, todos temos compromissos, não tivemos escolha.
Por volta de umas 3 horas da manhã na ida quase atropelamos uma onça! É isso mesmo que você leu, uma onça cruzou a frente da vã e por pouco agente não transformou ela em patê!
Tirando isso viagem muito tranquilo, todos muito felizes! O que Deus fez em Barra de São Francisco em breve você poderá acompanhar pelo nosso orkut. Foi tremendo!
Então domingo 11 horas era hora de voltar. Por volta de uma hora da manhã paramos em um posto policial, o motivo foi fazer a verificação do cinto de segurança. Você não se assuste, mas estávamos todos sem cinto, exceto o Fininho. Colocamos o sinto rapidamente antes da fiscalização e para não passarmos mais pelo tipo de situação desesperadora, resolvemos ficar de cinto o resto do trecho, afinal iríamos dormir e se tivéssemos que colocar sinto na mesma velocidade em uma próxima parada por causa de fiscalização dormindo, não ia dar muito certo. Risos.
Só não tínhamos ideia que Deus já estava nos livrando.
Por volta das 3 horas da manhã, próximo de João Molevade, 2 cavalos invadiram a pista na frente da nossa vã. E por mais cauteloso que seja nosso motorista o impacto foi inevitável. Colidimos com os dois cavalos. Quem já viajou um pouco ou entende de viagem, sabe que colisão com animal na pista é muito perigoso. Em muitos casos pessoas se machucam muito, em outros pessoas morrem. Com a colisão nosso carro invadiu a pista contraria, graças a Deus não havia tráfego, o motorista conseguiu segurar a Van, evitando um capotamento.
Depois de trazer a Van de volta a pista e parar no acostamento, do susto que levamos com o impacto da batida, do grito de desespero do André o tecladista da banda que estava na frente junto com o motorista, lado que os dois cavalos bateram, um carro de polícia encostou e nos prestou ajuda.
Acordei muito assustado, o impacto me fez bater no banco do motorista, nas suas costas, levei um susto enorme. Sem entender muito o que estava acontecendo, apenas ouvia o André dizer: "Batemos em um cavalo". Quando olhei para o parabrisa ele estava estilhaçado. Então entendi o que estava acontecendo.
Na hora me passou tantas coisas na cabeça que nem sei por onde começar. Olhei para os meninos da banda, graças a Deus todos estavam bem, ninguém se feriu! O Gui apenas arranhou um pouco sua testa, Marquinho que estava nos ajudando com o baixo na ausência do Sérgio bateu a canela, e eu bati no banco do motorista. Todos sem ferimentos graves, coisa muito, muito leve!
Seu Valdo o motorista da Van disse assim: "Pode levantar as mãos pra cima e agradecer muito a Deus pelo livramento". O policial disse: "Vocês podem agradecer muito o homem lá de cima". E de fato todos eles tem muita razão. Não tenho duvidas que poderíamos todos ter morrido nessa viagem. Conversando com os meninos da banda e com pessoas muito queridas, além dos famosos pressentimentos ruins que muitos de nós tivemos, ainda muitos estavam em oração por nós neste momento!
Me lembrei desse texto ai abaixo, Paulo viajando, seu barco afundando, uma situação possível de morte acontecendo e o anjo do Senhor livrando a todos. É muito bom saber que o Senhor está!
Não quero bancar o herói aqui, quem lê o blog sabe que preso por transparência, honestidade. Aqui do outro lado da tela querido leitor não esta o super man, ou o super pastor, ou o super crente, ou qualquer que seja. Aqui tem uma pessoa que simplesmente quer viver a vontade de Deus, e em uma situação como essa se lembrou da palavra.
Também lembrei de Jonas, lembrei da tempestade que ele causou na vida de outras pessoas por estar fugindo do centro da vontade de Deus! Senti medo! Não por ser um Jonas, não que eu também não sou (oro para não ser), mas não quero ser responsável por colocar a vida de pessoas em risco sem estar totalmente certo da vontade do Pai. Apesar que viajar com Paulo era sempre aventura!
As lições que aprendi são simples: Qual o legado que você tem deixado?
Pastor Márcio sempre diz algo: Viva intensamente! Nós nunca imaginamos que isso vai nos acontecer. Vivemos sempre com a perspectiva da vida, e não que isso seja errado, mas vivemos sempre como se tivéssemos o amanhã, quando nosso dia é o hoje. Nosso prazo de valida é de 24 horas!
Penso que se muito jovens hoje tivessem essa perspectiva gastariam melhor seus dias, sua vida, seu dinheiro, seu tempo com aquilo que realmente vale a pena!
Acabei de falar com um querido irmão aqui de nossa igreja, ele se chama Eduardo, tem a minha idade, talvez um pouco mais. Semana passada estávamos juntos no velório de sua esposa. Eles tem dois filhos. Ela saiu de casa as 7:00 da manhã e quando foi atravessar a rodovia, um carro veio fazendo uma ultrapassarem pelo acostamento e a atropelou. Ela morreu!
Nós nunca esperamos pela morte! E de acordo com a nossa cultura festiva, famoso carpe diem falar sobre morte é loucura!
Mas e se eu tivesse morrido? Se um dos meninos tivessem partido? Se você morrer hoje? Como esta sua relação com as pessoas? Como esta sua relação com seus pais? Seus irmãos?
Temos apenas esse dia! Daqui a pouco, assim que acabar esse texto estarei saindo, vou a um aniversário depois de uma reunião aqui em Lagoinha. Que contraste, uma festa e um funeral!
Quero que você pense, pois é assim que tenho estado, pensativo, reflexissivo a respeito da minha vida.
Graças a Deus todos estamos bem.
Louvado seja o Deus que nos livra da morte, sem nos deixar perder a perspectiva de uma vida de morte!
Atos 27
E, como se determinou que havíamos de navegar para a Itália, entregaram Paulo, e alguns outros presos, a um centurião por nome Júlio, da coorte augusta.
E, embarcando nós em um navio adramitino, partimos navegando pelos lugares da costa da Ásia, estando conosco Aristarco, macedónio, de tessalônica.
E chegamos no dia seguinte a Sidom, e Júlio, tratando Paulo humanamente, lhe permitiu ir ver os amigos, para que cuidassem dele.
E, partindo dali, fomos navegando abaixo de Chipre, porque os ventos eram contrários.
E, tendo atravessado o mar, ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia.
E, achando ali o centurião um navio de Alexandria, que navegava para a Itália, nos fez embarcar nele.
E, como por muitos dias navegássemos vagarosamente, havendo chegado apenas defronte de Cnido, não nos permitindo o vento ir mais adiante, navegamos abaixo de Creta, junto de Salmone.
E, costeando-a dificilmente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia.
E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois, também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava,
Dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas.
Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre, do que no que dizia Paulo.
E, como aquele porto não era cômodo para invernar, os mais deles foram de parecer que se partisse dali para ver se podiam chegar a Fenice, que é um porto de Creta que olha para o lado do vento da África e do Coro, e invernar ali.
E, soprando o sul brandamente, lhes pareceu terem já o que desejavam e, fazendo-se de vela, foram de muito perto costeando Creta.
Mas não muito depois deu nela um pé de vento, chamado Euro-aquilão.
E, sendo o navio arrebatado, e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa.
E, correndo abaixo de uma pequena ilha chamada Clauda, apenas pudemos ganhar o batel.
E, levado este para cima, usaram de todos os meios, cingindo o navio; e, temendo darem à costa na Sirte, amainadas as velas, assim foram à toa.
E, andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte aliviaram o navio.
E ao terceiro dia nós mesmos, com as nossas próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio.
E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.
E, havendo já muito que não se comia, então Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó senhores, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perda.
Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio.
Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo,
Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.
Portanto, ó senhores, tende bom ânimo; porque creio em Deus, que há de acontecer assim como a mim me foi dito.
E, contudo, necessário irmos dar numa ilha.
E, quando chegou a décima quarta noite, sendo impelidos de um e outro lado no mar Adriático, lá pela meia-noite suspeitaram os marinheiros que estavam próximos de alguma terra.
E, lançando o prumo, acharam vinte braças; e, passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças.
E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia.
Procurando, porém, os marinheiros fugir do navio, e tendo já deitado o batel ao mar, como que querendo lançar as âncoras pela proa,
Disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos.
Então os soldados cortaram os cabos do batel, e o deixaram cair.
E, entretanto que o dia vinha, Paulo exortava a todos a que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais, e permaneceis sem comer, não havendo provado nada.
Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.
E, havendo dito isto, tomando o pão, deu graças a Deus na presença de todos; e, partindo-o, começou a comer.
E, tendo já todos bom ânimo, puseram-se também a comer.
E éramos ao todo, no navio, duzentas e setenta e seis almas.
E, refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar.
E, sendo já dia, não conheceram a terra; enxergaram, porém, uma enseada que tinha praia, e consultaram-se sobre se deveriam encalhar nela o navio.
E, levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras do leme; e, alçando a vela maior ao vento, dirigiram-se para a praia.
Dando, porém, num lugar de dois mares, encalharam ali o navio; e, fixa a proa, ficou imóvel, mas a popa abria-se com a força das ondas.
Então a idéia dos soldados foi que matassem os presos para que nenhum fugisse, escapando a nado.
Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, lhes estorvou este intento; e mandou que os que pudessem nadar se lançassem primeiro ao mar, e se salvassem em terra;
E os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. E assim aconteceu que todos chegaram à terra a salvo.